sábado, 29 de novembro de 2008

Jorn Utzon (1918 - 2008)


Jorn Utzon foi considerado um dos arquitectos mais importantes do século XX. Nasceu em Copenhaga em 1918 e entre 1937-42 frequentou a Escola de Belas Artes de Copenhaga (Royal Academy of Fine Arts in Copenhagen). Abriu o seu escritório em 1950 e em 57 ganhou o seu primeiro concurso para a Ópera de Sydney na Austrália, tendo o júri declarado "Os desenhos são simples ao ponto de serem diagramáticos. Contudo nós retornamos novamente e novamente ao estudo desses desenhos, estamos convencidos que eles apresentaram um conceito de uma Casa de Ópera que é capaz de ser uma das maiores construções do mundo.", obra que aliás viria mais tarde a ser premiada com o Prémio Pritzker, em 2003. Foi um admirador das ideias de Gunnar Asplund, Frank Lloyd Wright e Alvar Aalto, tendo estes exercido grande influência no seu trabalho.
De entre as suas obras, para além da Ópera de Sydney, destacam-se as seguintes:
- Igreja em Bagsvaerd - Copenhaga, Dinamarca - 1974-76.
- Residências em Fredensburg - Fredensburg, Dinamarca - 1959 - 62.
- Residências Kingo - Elsinore, Dinamarca - 1956.
Citação aqui, Imagem em Utzon Center, Mais informações e notícia.
Jorn Utzon no Pritzer Architecture.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Aires Mateus vence concurso para o Parque Mayer

Projecto Seleccionado: Proposta de Manuel Aires Mateus.

Proposta de Arx Portugal.
Proposta de Vão Arquitectos.

Proposta de Eduardo Souto de Moura.

Proposta de Gonçalo Byrne.

Manuel Aires Mateus foi o autor do projecto vencedor no concurso de ideias para o Parque Mayer, em Lisboa. De entre as propostas a concurso estiveram projectos de Arx Portugal, Gonçalo Byrne e Eduardo Souto de Moura.

"Um hotel, serviços de vária ordem, restaurantes e duas salas de espectáculos – uma das quais o teatro Capitólio, devidamente recuperado – fazem parte dos edifícios previstos por Aires Mateus, que só tinha previsto 25 mil metros quadrados de construção, mas que, tal como os restantes concorrentes, teve de subir esse valor para 32 mil para se adaptar ao programa de concurso estabelecido pela câmara.

O arquitecto, que já tinha vencido a primeira fase do concurso, quer criar no antigo Parque Mayer mais um pedaço de cidade, com uma praça à volta do Capitólio e várias ruas. “Toda a zona será pedonal”, explicou hoje, dia em que soube que o projecto que irá por diante será o seu. Como o quarteirão está num declive, foram pensados alguns meios mecânicos, embora restringidos ao mínimo para ajudar os peões a vencer os desníveis que separam a Rua da Alegria da Rua da Escola Politécnica: escadas rolantes e elevadores. Ainda não é certo que no local fiquem bibliotecas e livrarias especializadas em artes plásticas e artes de palco e residências para artistas, como previu Aires Mateus inicialmente; a autarquia pediu aos concorrentes um programa de ocupação versátil do espaço para poder encaixar as valências que mais tarde entender."
Ainda bem que houve bom senso e que vemos serem construídos no nosso país projectos realizados por arquitectos portugueses e que, o ante-projecto encomendado ao arquitecto canadiano Frank O`Gehry ficou para trás. Penso que projectos como os de Gehry funcionam bem como peças isoladas e não em projectos de reabilitação de áreas de cidade consolidada.
Citações do jornal Público de 27.11.2008.
Imagens aqui.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

A vida em movimento!

"Dynamic buildings" ou edifícios em movimento parece ficção científica mas tornar-se-á realidade até ao final do ano 2010 com o projecto da torre rotativa para o Dubai desenhada por David Fisher. Será a primeira torre deste género no mundo, terá uma área total de 146.000 m2, distribuída por 80 andares e terá uma altura de 400m. Irá albergar escritórios, um hotel, apartamentos de luxo e villas nos últimos 10 andares e irá rodar em função da estação ou da altura do dia.
Abre-se deste modo uma "nova era da arquitectura", a era da Arquitectura Dinâmica que mudará por completo o(s) modo(s) de habitar e trará um novo conceito baseado na dinamicidade do nosso tempo (...) "tudo é dinâmico nos nossos dias. Também os edifícios podem ser dinâmicos, mudando constantemente".
Assim, os edifícios serão capazes de se adaptarem ao espaço envolvente, a sua morfologia poderá mudar e tomar as mais variadas formas e os habitantes destes apartamentos poderão tirar partido da luz solar do nascer ao pôr-do-sol. É uma nova filosofia de arquitectura que introduz o TEMPO como quarta dimensão!
Para mais informações: http://www.dynamicarchitecture.net/
Para reservar desde já o seu apartamento:) dubai@dynamicarchitecture.net


sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Projectos visionários ou utópicos?


De acordo com os últimos alarmes lançados pelo GIEC (Grupo Internacional na Evolução do Clima) o nível do oceano deverá crescer de 20 para 90 cm durante o século XXI. Países com pequenas áreas de costa como o Vietname e o Bangladesh poderão sofrer verdadeiras inundações e uma consequente perda de território terrestre e algumas ilhas Pacíficas poderão um dia acabar completamente submergidas.
É com fundamento nesta preocupação que o arquitecto belga Vincent Callebaut desenhou esta espécie de micro-cidades pensadas para alojar os futuros refugiados. É o verdadeiro "anfíbio", metade aquático, metade terrestre, capacitado para albergar 50.000 habitantes. Concebidas à imagem de um nenúfar estas plataformas flutuantes prevêem um programa multifuncional baseado em 3 marinas, 3 montanhas e um lago central que recolhe as águas da chuva e serve de reservatório natural, com zonas de trabalho, de comércio, de lazer e habitação, claro.
Estas micro-cidades, pensadas para 2100, serão autosuficientes e funcionarão essencialmente através de energias renováveis e ecológicas, usando a energia solar e o movimento das ondas para produção de electricidade.

Mais um projecto a pensar à frente...muito à frente, está a desenvolver-se uma nova geração de arquitectos que dão essencialmente uma maior ênfase à importância da ecologia tirando partido da crescente evolução tecnológica. Parece-me bem, acho um conceito interessante, primeiro, porque revela o modo como muitos arquitectos deveriam pensar, de forma dirigida para o futuro, com preocupações ecológicas e ambientais, segundo, porque pode servir de estímulo para novas ideias (em muitos casos os arquitectos concebem projectos baseados na arquitectura do passado). Contudo, parece-me um projecto um tanto ou quanto utópico e ao invés de se encontrarem soluções para o prenúncio de uma devastação anunciada deveria sim, assumir-se que o nosso planeta precisa que sejam tomadas medidas radicais fundamentadas num pensamento direccionado para a prevenção apriorística.
Por outro lado, parece-me um projecto que levantaria, sem dúvida, demasiadas questões, de entre as quais a viabilidade ou a inviabilidade da sua materialização, não só em termos construtivos (não desacreditando totalmente nas possibilidades da construção, quer de técnicas ou materiais), mas também em termos financeiros, ou outras questões tais como seria feito o tratamento dos resíduos sólidos, etc.

Contudo, não deixa de ser mais um projecto revelador de um pensamento inovador e acima de tudo que levanta toda uma série de questões e problemáticas que precisam de ser discutidas e equacionadas, e é assim que se faz inovação.

Estas e mais imagens aqui e em pixelab.
Mais informações no site oficial Vincent Callebaut Architectures.
Vale a pena ver também este vídeo relativo a uma entrevista realizada ao arquitecto João Luís Carrilho da Graça no programa "Falar Global" sobre "Arquitectura do Futuro", passado na SicNotícias no passado dia 3.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Cine-teatro Águia D´ouro, St.Ildefonso.

E por falar em cine teatros nunca é demais relembrar o caso do cine-teatro Águia D´ouro, um imóvel com mais de 100 anos na história da cidade do Porto, deixado à tristeza de um "Deus dará". O edifício exibe o seu completo estado de ruína perante uma praça (Praça da Batalha) que em 2001, no âmbito do programa da "Porto 2001: Capital Europeia da Cultura", foi alvo de um plano de recuperação do espaço público e que se encontra hoje completamente requalificada. Enfim, uma vergonha!
Há dezanove anos que o Águia D´ouro está encerrado, em 1989 viu-se forçado a encerrar as portas pela fraca afluência de espectadores às salas de cinema, tendo sido comprado pela empresa Solverde (proprietária de algumas casas de jogo no país, de entre as quais o Casino de Espinho). A Solverde pretendia transformar o edifício num Bingo sendo que, tal projecto foi reprovado por parte da Câmara, ao que tudo indica pela proximidade com os casinos da Póvoa e de Espinho, ficando até hoje sem qualquer utilidade.
Segundo artigo publicado "a Solverde só recupera o cinema Águia D´ouro se a Câmara do Porto lhe der em troca um local para construir um casino ou bingo". Pois com certeza, só interessa se der lucro, muito lucro!!
E porque não um espaço cultural, não digo outro cinema ou teatro porque o espaço em si já se encontra completo em termos de oferta de espectáculos deste género, com a proximidade do Teatro Nacional São João, Cinema da Batalha e Coliseu do Porto, mas um espaço aberto à restauração, fazendo reviver o Café Águia D´ouro que ali esteve aberto durante 69 anos, uma espécie de café-concerto com sala no piso inferior e, galeria de exposições e sala para pequenos concertos e/ou pequenas conferências no piso superior. Algo que potencie o convívio e a divulgação das artes e que transborde alguma vida para o espaço público.
Com o objectivo de salvar este imóvel de um destino trágico, mas previsível, já foram entretanto circulando algumas petições a solicitar que seja feita, por parte da autarquia, uma rápida intervenção no sentido de devolver este espaço à cidade que, não só como elemento físico faz parte do nosso património, classificado em 1997, como também faz parte de uma cultura de cinema e de teatro na cidade do Porto.
Até lá a peça "Noite na Terra" continuará sem espectadores!

Cine-teatro Constantino Nery, Matosinhos.

"Inaugurado em 1906 na Avenida Serpa Pinto, em Matosinhos, este cine-teatro teve um papel significativo na implementação da cultura cinematográfica em Matosinhos, funcionando regularmente até aos anos 60. A década de 70 marcou o seu declínio até ter encerrado definitivamente". (oasrn.org)
Em 2001 o edifício foi comprado pela C.M.de Matosinhos e em 2002 foi aberto o concurso internacional, no âmbito da UE, limitado por prévia-qualificação para a Elaboração do Projecto de Remodelação do Cine-Teatro Constantino Nery em Matosinhos.
O vencedor do projecto foi o arquitecto Alexandre Alves da Costa que apresentou uma proposta de revitalização capaz de transformar este equipamento num espaço polivalente que permite acolher vários tipos de espectáculos, de música, de dança e de teatro, exposições e conferências, além do cinema.
Do antigo Cine-Teatro manteve-se a fachada e a volumetria. O interior integra, no piso inferior, uma sala polivalente para conferências, exposições e pequenos concertos e, no piso superior, a sala principal com capacidade para 240 pessoas, com cadeiras amovíveis que permite a adaptação do espaço para qualquer tipo de espectáculo.
Reabriu as suas portas no passado sábado, renascendo assim, de um antigo e arruinado edifício, um novo espaço cultural em Matosinhos que, segundo palavras do próprio arquitecto, pretende ser "uma máquina que funcione e que seja estimulante não só para os espectadores, mas também para os artistas que queiram aqui ter as suas experiências teatrais".

Imagens do espectáculo de inauguração, aqui.
Imagem aqui.

domingo, 16 de novembro de 2008

Mais uma aposta em "arquitectura verde".

"A oficina franco-brasileira de arquitectura construíram recentemente o edifício vivo “Harmonia 57”, destinado a escritórios localizado nas mediações de um bairro a Oeste de São Paulo, onde predominam a actividade artística e cultural.
A Harmonia 57 é um edifício que poderíamos comparar com um organismo vivo, em termos de funcionamento, já que se compõe de um interessante ciclo que permite a incorporação de uma considerável capa vegetal nas superfícies verticais do edifício.
Este ciclo, ao qual permite manter a vegetação com vida nas fachadas, consiste num processo com características sustentáveis, já que começa com uma captação e reutilização de águas da chuva para a rega da capa vegetal. A água aproveitada chega até às plantas através de um sistema de tubos que recorrem todo o edifício e que vão bombeando até até à fachada onde está alojada a vegetação.
Esta capa vegetal está depositada nas fachadas exteriores dos muros grossos de betão que compõem os dois volumes principais do edifício. Para atingir este objectivo, os arquitectos incorporam uma solução de desenho bastante singular, ao qual consistiu em fazer cavidades sobre a superfície das fachadas desde onde crescem as plantas, que segundo o projecto inicial deveriam cobrir o betão por completo.Todo este mecanismo faz-se evidente e o arquitecto aproveita-o como um recurso estético na fachada, criando um aspecto de um corpo vivo no qual as tubagens comportam-se como um conjunto de veias que alimentam e hidratam o seu entorno".
Este projecto foi ainda distinguido com a Menção Honrosa de projecto inovador, pela revista "Arquitectura&Construção" na 1ª edição do prémio "O melhor da Arquitectura" em conjunto com o edifício da agência Loducca também localizado em São Paulo e projectado, assim como o "Harmonia//57" pelos Triptyque Architecture.
Edição Construlink.com [Arq. Tânia Magda Santos]
Imagens de: Triptyque Architecture.
Mais informações em:

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Salto do penitente, Gualano+Gualano arquitectos

Surge na paisagem sem querer marcar presença,
de matéria é igual ao sítio, apenas assume a sua condição de artificialidade
perante o natural e a sua essência.

Povoa a paisagem com toda a sua simplicidade, pretende somente ser testemunha de um silêncio inabalável.

sábado, 8 de novembro de 2008

Prova final de dedicação.

É sempre gratificante quando vemos o nosso trabalho ser reconhecido...a última vez que fui "convidada" a participar na Anuária da FAUP não me foi possível expor, por questões de ordem pessoal e que na altura impossibilitaram a minha disponibilidade para preparar o material.
Mas...toda a gente tem uma segunda oportunidade e esta foi a minha, de provar a minha dedicação, a força e a vontade com que persegui o sonho e o desejo de querer ser.
Obrigado, nunca é demais dizer, quando a gratidão é muita para com aqueles que acreditam em nós. Obrigado de uma forma geral a todos aqueles que contribuíram para a minha formação académica e pessoal e de uma forma particular ao meu pai. Obrigado também ao Ricardo M. por todo o apoio.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O Viaduto de Millau em França, Norman Foster.

Localizado no Sul de França "Le viaduct de Millau" é considerado a ponte mais alta do mundo, com 343m de altura e, foi projectada pelo arquitecto inglês Norman Foster e pelo engenheiro Michel Virlogeux. Esta enorme estrutura que consegue aliar de uma forma fascinante a função, à tecnologia e à estética, é detentora de uma série de records: o seu peso total atinge 242.000 toneladas apoiadas sobre 7 pilares gigantes, o tabuleiro tem 2460m, 32 de largura e 4,2m de espessura, só em modos de exemplo.
O aço, um dos materiais de excelência utilizado na sua construção, "é um material altamente reciclável. As construções em aço são relativamente leves - pesam cerca de duas vezes menos que uma construção em betão - e necessitam de menor número de camiões, por consequência, menos combustível e menos poluição atmosférica".
"Trata-se de um belo exemplo de uma solução durável para o problema de mobilidade, onde a economia e a ecologia são dois imperativos de primeira ordem dificilmente conciliáveis. É, por conseguinte, lógico que o aço tenha contribuído para um resultado óptimo".
Citações em:
Mais informações em:

Sky Village, 1º prémio de MVRDV



MVRDV e ADEPT foram os vencedores do concurso "Rodovre Skycraper" na Dinamarca. O projecto vencedor consiste numa torre que atinge os 116m e alberga um programa misto com apartamentos, escritórios, lojas e até um hotel, a ser construído em Copenhaga. O piso térreo contempla ainda, para além dos acessos, uma praça pública com espaços verdes e algumas lojas e restaurantes.
Para além da enorme flexibilidade que o edifício apresenta através da conjugação dos vários usos, permitindo a alteração do(s) conteúdo(s) programático(s) através do (re)desenho das diferentes unidades, destaca-se também a preocupação pela introdução de espaços verdes, de lazer na cidade e pela libertação do espaço público na plataforma térrea.
"On the lower floors the volume is slim to create space for the surrounding public plaza with retail and restaurants; the lower part of the high rise consists of offices, the middle part leans north in order to create a variety of sky gardens that are terraced along the south side".

Casa Guerra, Cannatà e Fernandes.




No post publicado ontem mencionei a Casa Guerra, na Maia, dos arquitectos Cannatá & Fernandes, é dela que hoje falo. Passei um dia naquela zona e vi-a por acaso, mas o meu olhar identificou-a de imediato. Situa-se na Rua Terramonte em Gueifães e, de facto dastaca-se no meio de uma paisagem essencialmente rural. A casa utiliza parte de uma estrutura pré-existente, a casa que já ali existia, mas destaca-se essencialmente pela sua linguagem inovadora reforçada pelos materiais utilizados: as estruturas metálicas, o vidro e a mármore.
De facto, a Casa Guerra manifesta-se na paisagem pela sua diferença em relação à envolvente, não só em termos formais, na manifestação de uma arquitectura vanguardista, mas também em termos de habitat, manifestando-se como "contentor" de um modo de habitar contemporâneo através de uma maior fluidez espacial e na articulação dos seus espaços interiores.
Autores: Fátima Fernandes e Michele Cannatà
Localização: Maia, Portugal
Data do projecto: 1999
Data da construção: 1999-2003
Imagens de Cannatà e Fernandes em: http://www.cannatafernandes.com/

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Ciclo de Conferências, Arménio Losa.


No âmbito das Comemorações do Centenário do Nascimento de Arménio Losa realiza-se hoje uma conferência com o Arquitecto Nuno Portas, às 22h no Cinema Batalha no Porto, com organização da oasrn.
Arménio Losa, Urbanista I arq. Nuno Portas
'Uma evocação do papel singular do Arquitecto no panorama do urbanismo nortenho no último quartel do Estado Novo como autor dos Planos de urbanização de Gaia, Matosinhos e Porto (Campo Alegre)'
Nos seguintes dias 20 e 27 à mesma hora e no mesmo local realizar-se-ão as seguintes conferências:
20 Novembro - Rua de Ceuta I Francisco Barata
27 Novembro - Rua Sá da Bandeira I Gisela Lameira "Do melhoramento ao planeamento, em Sá da Bandeira (des)fez-se a cidade, abrindo um novo caminho na malha densa do tecido existente e nas lógicas de pensamento, urbano e arquitectónico. Um laboratório, no qual trabalhou (também) Arménio Losa, urbanista e arquitecto, no dealbar dos anos 40".

Mais informações em OASRN.

Modernismo de Arménio Losa na Maia


Já havia por lá passado de carro e até de bicicleta, se tivesse passado a pé o meu olhar mais atento talvez tivesse reparado que naquela rua marca presença uma obra do arquitecto Arménio Losa. Situam-se precisamente entre os nºs 542 e 588 na Rua da Ponte da Pedra na zona de Gueifães na Maia, as Habitações Operárias construídas em 1954 e projectadas em parceria com o arquitecto Cassiano Barbosa. (Numa rua mais acima, na Rua de Terramonte temos a conceituada casa Guerra dos arquitectos Cannatá & Fernandes).

É de salientar que já não é a primeira obra deste arquitecto que vejo, e talvez por isso me tenha passado despercebida, ter sido vítima de algumas alterações invasivas que lhe retiraram alguma da sua verdade. Neste caso algumas caixilharias foram trocadas e algumas janelas abdicaram do sistema original de portadas em madeira de correr, para um sistema "mais moderno" de janelinha tipo Lego, de abrir em alumínio lacado e numa das habitações foi também colocado um "bonito" gradeamento na janela do piso inferior.

Muitos são os casos em que as pessoas por questões de adaptação ao seu espaço fazem modificações nas suas habitações, neste caso, parece-me que cada qual delapidou a obra à sua maneira, modificando um ou outro elemento à sua mercê, retirando à fachada da obra a sua coerência formal.

Mas pior mutilação sofreu a Casa Mário Amaral (1953) na Rua Latino Coelho no Porto, também referenciada como obra de arquitectura moderna e que deixou de ser habitação para funcionar como armazém. O que resta desta pequena obra é mesmo a fachada, visto que o seu interior foi demolido e o piso inferior, que originalmente dava acesso à habitação e à garagem, encontra-se hoje transformado num portão de garagem.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

TEA. 2008, Tenerife Espaço de Arte.



Inaugurou recentemente mais um edifício projectado e idealizado pelos arquitectos Jacques Herzog e Pierre de Meuron, o Espaço das Artes de Tenerife (TEA).
Mais uma vez Herzog & de Meuron surpreendem-nos com a sua capacidade de inovar como já o haviam demonstrado em edifícios como o célebre estádio de Pequim, o de Munique, o de Basileia, etc. Mais uma obra em Espanha da autoria destes arquitectos, a juntar à Sede do Fórum em Barcelona e à Caixa Fórum em Madrid.

" Este edifício irá mudar definitivamente a imagem que se tem de Tenerife - que já contava com um auditório tão carismático como o desenhado por Santiago Calatrava - , colocando-o no circuito internacional da CULTURA ". Jacques Herzog


Imagens: Flickr/ garbar53
http://www.teatenerife.com/