segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Reviting...


Este é o resultado das minhas primeiras experiências a renderizar no Revit Architecture 2010. Desde a versão 09 que o motor de renderização do Revit - AccuRender - deu lugar ao Mental Ray, o mesmo motor de render usado na plataforma 3ds Max, mas mais fácil de utilizar. A plataforma é mais ágil, com controlos mais simples de usar e com menus menos exaustivos. Com poucos passos, o utilizador menos experiente consegue obter óptimos resultados na "fabricação de imagens".
Existe uma série de "pré-settings" já definidos, que incluem diversos graus de qualidade de imagem, desde a imagem rascunho à mais optimizada e que permitem em pouco tempo definir as características da imagem a produzir e, de facto, consegue-se atingir resultados bastante satisfatórios. Existe ainda a opção que, permite ao utilizador personalizar e definir uma série de parâmetros que controlam a definição e precisão da imagem, o número de reflexões e refracções, a precisão das sombras e da iluminação, etc. Contudo, para obter bons resultados basta usar a opção high ou best, sem necessidade de preocupação com estes parâmetros que só alongam ainda mais o tempo de renderização de uma imagem.
Esta imagem em "High" levou 7 horas a renderizar...acho que é tempo suficiente!! Não está foto-realista mas o resultado é bom, consegue perceber-se a textura do pavimento, o brilho da luz reflectida no tecto, o reflexo nos vidros e, na imagem não se nota porque foi reduzida mas, a torneira e a banca em inox ficou hiper-realista.

Imagem e projecto da autoria de patrícia de carvalho:
Interior de cozinha e sala de jantar, projecto de arquitectura para habitação unifamiliar.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Swissport´09 - Práticas Pares.

A par com o programa Swissport`09 a Ordem dos Arquitectos associa-se à iniciativa com o desenvolvimento de um programa complementar "Em trânsito" - Práticas Pares/Pairing Practices, "aprofundando as questões do projecto de arquitectura na Suíça e em Portugal, pondo em evidência as experiências de trabalho de arquitectos portugueses e suíços no outro país, e as experiências de trabalho para o outro país, em ‘encontros’ de pares, conforme o programa Swissport’09".

A conferência será proferida em inglês - sem tradução.
Bilhetes à venda na Casa da Música.Preço: 3,00 euros

Para efeitos de Admissão na Ordem dos Arquitectos, cada debate equivale a 1 crédito de “Formação Obrigatória em Matérias Opcionais de Arquitectura”.


Programa disponível em www.oasrn.org

domingo, 13 de setembro de 2009

Revisão do actual Regulamento de Inscrição.


"
A Revisão do Sistema de Admissão à OA, conforme estipulado pelo Regulamento de Inscrição aprovado na 25ª reunião plenária do CDN, de 12 de Setembro 2006, deverá ser efectuada no prazo de 3 anos.

Considerando que o actual Regulamento de Inscrição completará 3 anos no próximo mês de Outubro, o Conselho Regional de Admissão do Norte convida os arquitectos, arquitectos estagiários, responsáveis por entidades de acolhimento e todos os que de algum modo se relacionam com os estágios de inscrição de membros à Ordem dos Arquitectos, a apresentarem opiniões e sugestões, com vista à melhoria do sistema."

Quem tiver alguma opinião ou sugestão a propor deverá fazê-lo através do email admissao@oasrn.org até dia 15 de Setembro (Terça-feira). Deve ser indicada a relação do seu autor com o processo de admissão, (arquitecto, patrono, arquitecto estagiário, candidato, responsável por entidade de acolhimento, etc.).


- Mais informação aqui.

- Regulamento de Inscrição (aprovado na 25ª reunião plenária do CDN, de 12 de Setembro 2006).

domingo, 6 de setembro de 2009

Arquitecto António Portugal.


Nascido em Maio de 1965 em Murtosa, concelho de Aveiro, António Portugal estudou na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, onde concluiu os estudos em 1990.
Em 1986 colaborou com o arquitecto Carlos Prata e entre 1987 e 1990 com os arquitectos Carlos Prata e José Carlos Portugal. Posteriormente em 1990 fundou atelier no Porto em conjunto com Manuel Maria Reis, e entre 2001 e 2008 foi docente na Escola Superior de Artes e Design, em Matosinhos.
De entres as várias obras, que o arquitecto concebeu em conjunto com o arquitecto Manuel Maria Reis, destacam-se os seguintes:
- Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPP, Portalegre, 1992 (1ºprémio);
- "Casa da Cerca", Reconversão do edifício em Biblioteca e Arquivo Municipal, Amarante, 1994 (1ºprémio);
-
Escola da Gafanha da Boa Hora, Vagos, 2008 (1ºprémio);
- Reabilitação da igreja e Mosteiro de Rendufe, Braga, 2002 (1ºprémio);
- Reconversão do edifício do Paço Episcopal de Bragança no Museu Abade de Baçal, Bragança, 1992;
Entre outros, tais como:
-
“High Commend”, AR Awards for Emerging Architecture 2005.
- Participante na Bienal de Veneza - 10ª Exposição Internacional de Arquitectura;
- Bienal de Miami 2005, com a obra do restaurante na aldeia de Brufe, Terras de Bouro.

Recentemente ganhou o 1º lugar no concurso público para a elaboração do projecto de reconstrução do edifício Centro de Arte Graça Morais (Encontro das Artes/ Espaço Graça Morais), promovido pela Câmara Municipal de Vila Flor.


Imagem: Unidade de Restauração em Brufe, Terras de Bouro, em www.aportugal-mreis.com Mais informações em :portuguese-architects.com. Notícia em: Correio do Minho.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Imaginação à escala 1:1!



Fiquei fascinada com esta notícia que passou hoje no "Primeiro Jornal", um inglês apresentador na BBC começou no passado mês de Julho a construção de uma casa em Lego, imaginem, à escala real.

Confesso que me deixo invadir por um certo sentimento nostálgico quando penso em Lego. Aquelas pequenas peças coloridas que fazem as delícias de muitas crianças e até mesmo de muitos adultos, fizeram também parte da minha infância, como meu brinquedo favorito. Comecei a fazer maquetas já muito nova, em Lego. Tinha uma colecção enorme com variadas peças e não esqueço aquela caixa Lego que trazia uma escola de equitação para montar. Uma colecção que trazia janelas, portas, gradeamentos, peças para construir telhados, etc, e a partir da qual muitas casinhas Lego fui (re)inventando. Era um gozo! É verdade que, quando pegava no saco dos Legos a primeira questão era sempre o que iria construir. O brinquedo é fantástico, ajuda bastante a desenvolver a criatividade das crianças e a potenciar a imaginação!
Agora é claro que, com 3 milhões de blocos Lego o caso muda de figura, a imaginação levanta voo, como a de James May, o apresentador que pensou em grande e resolveu construir uma casa Lego à escala real. A casa deverá ficar pronta dentro de uma semana e para além das paredes, o mobiliário e a casa de banho também serão em Lego. Na construção desta fantástica obra estão envolvidos 1200 voluntários e na etapa final James May será também ajudado por engenheiros.
James May refere que pretende ficar por lá dois ou três dias, ou até ela desmoronar. Esperemos agora que não chova ou que não faça muito vento nos dias em que James May estiver a habitar na sua casa Lego. "I'm planning to stay there for two or three days, or until it falls down -- whichever is sooner. I'm pretty relaxed about it, but will just have to be careful moving around," May said. "If I wake up buried under a pile of bricks, I'll know it's gone wrong."
May refere também que esta inspiração veio da sua infância, quando imaginou o que teria ele construido se tivesse toneladas de blocos Lego. "Your imagination is always bigger than your stockpile when you're a kid," he said. "Up until now, the largest thing I've ever built with Lego was probably a plane or a battleship, because that was all I could build with the amount I had."

E tu, o que construirias se tivesses 3 milhões de blocos Lego?


Citações em
woodtv.com.
Referência das imagens. Poderá visualizar mais imagens relativas à casa aqui.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Há leis para justificar tudo!

O nosso país é de rir, no que diz respeito a leis quando não as há inventa-se ou então faz-se um reajuste nas já existentes, há sempre uma forma de as contornar.
No caso da "Parque Escolar", a empresa pública criada em 2007 com objectivo de responder a um programa de renovação e modernização da rede pública de escolas secundárias do nosso país, é dito que
, até ao momento já foram gastos mais de 20 milhões de euros em projectos de arquitectura que não foram submetidos a concurso público, mas que, foram encomendados directamente aos mesmos gabinetes de arquitectura. Até agora já foram adjudicados 105 projectos a 80 gabinetes e até ao final do ano está prevista a adjudicação de mais 100 projectos.

Está claro que, esta situação coloca em questão os modelos de contratação vigentes que neste caso foram feitos através do recurso ao ajuste directo. A própria Ordem dos Arquitectos defende que "a encomenda de arquitectura com financiamento público deveria implicar concursos públicos de arquitectura, enquanto possibilidade de selecção do melhor projecto entre melhores, de abertura à criatividade e inovação arquitectónicas e de salvaguarda de idêntico direito de acesso à encomenda a todos os arquitectos, na certeza de ser esta também uma exigência de exemplaridade do Estado neste âmbito, bem como de defesa dos consumidores e do interesse público."

Mas até ver, aqui não há nada de infractório porque existe uma legislação de excepção através da qual tudo se justifica, um decreto-lei que aprova medidas excepcionais de contratação pública, a vigorar em 2009 e 2010, destinada à rápida execução dos projectos de investimento público considerados prioritários. Portanto, esta lei excepcional permite, desta forma, que esta empresa pública adjudique sem concurso dezenas de estabelecimentos de ensino. Para justificar o recurso à encomenda directa, a Parque Escolar refere " a dificuldade em compatibilizar os prazos de intervenção com os prazos inerentes à contratação por concurso público", que por esta via seria um processo mais longo.

A própria Ordem, contradizendo o seu próprio discurso de contratação justa, refere que "
ainda assim, a Ordem dos Arquitectos compreende as circunstâncias específicas deste Programa Público, designadamente no que diz respeito às suas características processuais particulares e ao seu apertado calendário de execução. Porém, num Programa que implica a encomenda de centenas de projectos com financiamento público, a OA continua a defender que os critérios de selecção das equipas para encomenda de projecto deveriam ser tão objectivos quanto possível, contemplando adjudicações directas, concursos públicos com prévia qualificação e concursos públicos sem prévia qualificação".

Comunicado da OA.

domingo, 30 de agosto de 2009

Siza Vieira com mérito cultural.


O arquitecto Siza Vieira recebeu, no passado dia 28, sexta-feira, a medalha de mérito cultural, pelas mãos do Ministro da Cultura, mais uma a juntar à sua vasta colecção de medalhas e prémios recebidos ao longo da sua carreira profissional. Esta foi pelo contributo que o arquitecto teve para a arte, em especial para a arquitectura.

A cerimónia de homenagem ao arquitecto decorreu na Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira. primeiro edifício público a ser projectado por Siza. Em entrevista à sic Siza Vieira deu a conhecer que Manoel de Oliveira pretende realizar um trabalho cinematográfico acerca das suas obras.

"
A última vez que estivemos juntos disse-me: Vamos pelo mundo fora, eu filmo e conversamos. Eu fiquei preocupado e disse 'mas isso é muito longe'. Ele perguntou 'E depois? É para isso que servem os aviões. Eu devo ter ficado ainda mais preocupado e ele disse 'Não se preocupe, eu tenho dois filmes a fazer antes, o seu será só depois'", descreveu o arquitecto. Manoel de Oliveira confirmou, aos jornalistas, que "gostava que fosse possível" fazer um filme sobre a obra de Siza Vieira, adiantando que "a ideia é precisa", falta é a acertar a possibilidade de avançar com o projecto, que, alertou, é preciso financiamento." (Em entrevista à Sic, notícia integral no Público)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Jornal dos Arquitectos em formato digital.

Já devem ter reparado, os mais atentos, que o J.A. - Jornal dos Arquitectos mudou de cara, um novo grafismo que reflecte também uma nova equipa editorial liderada pelo arquitecto Manuel Graça Dias.
A novidade é que agora poderemos ter acesso ao J.A., disponível através do formato digital, em versão bilingue (português/inglês), em http://www.jornalarquitectos.pt/.
O sítio permite a visualização e a leitura integral da publicação, contribuindo deste modo para uma maior divulgação da mesma.
Deste modo, dá-se ínicio a este novo formato com a edição número 234 do Jornal Arquitectos, já publicada.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

"A arquitectura como acto próprio dos arquitectos".


Finalmente, foi aprovada e publicada em Diário da República a Lei 31/ 2009 que revoga o já tão afamado Decreto 73/73 que permitiu, desde a sua entrada em vigor em 1973, que qualquer técnico, sem qualificação para o efeito, pudesse elaborar projectos de arquitectura. De agora em diante, "aos arquitectos e só aos arquitectos cumpre fazer e assinar projectos de arquitectura, tanto de obras particulares como de obras públicas" (artigo 10, nº 2).
Uma óptima notícia para nós diplomados em arquitectura. Desta forma, fecha-se um longo capítulo de luta em defesa de um interesse público, pelo direito a uma arquitectura de qualidade e em defesa pelos direitos do arquitecto no exercício da sua profissão sem a concorrência desleal de profissionais sem a formação adequada. (artigo.43, 2 a)
Com o novo texto são clarificados alguns conceitos técnicos e são redefinidas as qualificações dos técnicos. A principal inovação refere-se, de facto, à qualificação dos autores de projecto "com qualificação adequada à natureza do projecto em causa, sem prejuízo de outros técnicos a quem seja reconhecida, por lei especial, habilitação para elaborar projectos", sendo que, "os projectos de arquitectura são elaborados por arquitectos com inscrição válida na Ordem dos Arquitectos" (Artigo 10, 1e2 - Lei 31/2009).
Outro aspecto que refere a inovação no novo texto é o facto de este reconhecer de forma expressa a "direcção de obra", como acto próprio da profissão de arquitecto. A direcção de obra e a sua fiscalização são agora expressamente consagrados actos próprios da profissão, fazendo-se, desta forma, respeitar todos os actos próprios da profissão de arquitecto mencionados no Estatuto da Ordem.
A nova Lei entrará em vigor a 01 de Novembro deste ano, esperemos que de forma definitiva. O resultado desta nova lei será claramente positivo, para nós arquitectos, na salvaguarda dos actos próprios que regem a nossa actividade e certamente trará para nós, também, mais responsabilidade e exigência. A partir de agora, pelo menos, haverá maior probabilidade de uma melhor arquitectura para os cidadãos, de uma maior qualidade das nossas construções, das nossas cidades e da nossa paisagem urbana. (Pelo menos uma maior probabilidade, porque isto é como tudo, dentro da classe há sempre bons e maus profissionais e se calhar não temos uma lei que regulamente isso).
Portanto, boas notícias para os arquitectos e a Ordem a marcar pontos relativamente àquilo que constitui uma das suas atribuições "contribuir pela dignidade e prestígio da profissão de arquitecto, promovendo a valorização profissional " e " pronunciar-se sobre legislação relativa ao domínio da arquitectura e aos actos próprios da profissão". (artigo 3 alíneas a) e c) do E.O.)
Agora gostávamos de ver a ordem resolver outros problemas, tais como, controlar a proliferação dos cursos de arquitectura ao longo do país, um dos motivos que em conjunto com outros factores, leva a que cada vez mais se coloquem no nosso mercado de trabalho um grande número de recém-desempregados em Arquitectura. Dos dezanove cursos de arquitectura, actualmente existentes no nosso país, de entre os quais onze em privadas, só no ano anterior abriram mais de 2000 vagas, 1400 nas universidades privadas de entre as quais 810 nas lusíadas. Nada vemos ser feito relativamente a esta situação que outros problemas acarreta à profissão (tais como a sobrecarga de arquitectos que o nosso mercado de trabalho não consegue absorver e os problemas que daí advêm) que depois vão sendo travados com a dificuldade no acesso à profissão.
Mas bom, ficamos desde já satisfeitos com este grande passo, importante para nós profissionais da arquitectura e importante para os cidadãos em geral que terão agora a garantia de uma melhor qualidade do ambiente construído, por uma vida com mais qualidade.

sábado, 18 de julho de 2009

HardClub no Mercado Ferreira Borges.

Após nove anos na margem do Rio Douro, em Vila Nova de Gaia, o HardClub - Centro de Animação Cultural irá agora ocupar o espaço do antigo e histórico Mercado Ferreira Borges, classificado como Imóvel de Interesse Público pelo IPPAR.
O projecto da autoria do arquitecto português Francisco Aires Mateus prevê a reconversão do antigo mercado num espaço que irá acolher várias actividades culturais, não somente relacionadas com a música mas também actividades relacionadas com as artes cénicas, plásticas e cinematográficas.
A proposta prevê uma sala para concertos com capacidade para 1000 pessoas, um auditório com capacidade para 150 pessoas sentadas ou 300 em pé, um espaço no primeiro piso que visa proporcionar um espaço de convívio e de lazer com cafetaria, restaurante, lounge e outros espaços tais como, uma livraria, discoteca, loja de merchandising, entre outros.
O espaço será completamente diferente do anterior, de uma estrutura sólida em pedra com elementos de ferro fundido, o espaço-palco dos concertos heavy metal passará a integrar-se agora numa estrutura mais leve de ferro (pintado à cor vermelho) e vidro, passando de uma estrutura mais "hard" para uma estrutura mais "soft". Assistiremos não só a uma mudança de ambiente espacial, como o género musical será mais alargado, passando de um público alvo a um público mais abrangente. "Vamos continuar com a programação que tínhamos, rock a todos os níveis.(...) O responsável exprimiu também a vontade de abrir os palcos a outros estilos de música".
De entre os vários programas continuaremos a contar com "os grandes eventos" ( concertos e festivais geralmente com artistas reputados nacionais e internacionais). Contudo, veremos se a identidade do ex-HardClub não se perde nesta mudança de espaço.
A sua abertura está prevista para Outubro deste ano. Vamos esperar para ver...e ouvir.

O HardClub obteve o reconhecimento a nível nacional e internacional pelas suas infraestruturas, condições técnicas e acústicas, capacidade logística e pela inovação do conceito. Prémio Nacional de Indústrias Criativas.
Links: Citações em JPN, HardClub em http://www.hard-club.com/.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Gabinete de Arquitectura de SelgasCano, Madrid






Realmente já vi muitos tipos de gabinetes de arquitectura e vários ambientes de trabalho, mas este gabinete em Espanha é fenomenal. E se o arquitecto trabalha com a inspiração, voilá, nada melhor do que uma espécie de contentor no meio da floresta, um ambiente interior que nos remete para um exterior inspirador.

www.selgascano.com
Poderam ver mais fotografias de Iwan Baan aqui.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Paulo David prestigiado na 2G.


Paulo David, arquitecto madeirense, autor do Centro das Artes Casa das Mudas e das Piscinas do Atlântico, foi reconhecido no novo número da 2G. É o quarto arquitecto português a fazer parte das páginas desta revista internacional, já vimos no nº05 o arquitecto Eduardo Souto de Moura, no nº 28 Aires Mateus e no nº 45 Paulo Mendes da Rocha.
"São poucos os arquitectos que podem ver o seu nome ser capa da revista 2G, uma das mais prestigiadas publicações internacionais de arquitectura contemporânea. O processo de selecção é rigoroso e é feito através de candidatura".
De entre as obras referenciadas temos as Piscinas do Atlântico e passeio marítimo das Salinas em Câmara de Lobos (2002-2006) um projecto extraordinário pela forma como se integra e se molda à topografia do terreno, uma escarpa rochosa.
O sítio "resultado da estratificação vulcânica, negra e porosa" foi o verdadeiro desafio na integração do projecto. Um muro longo insinua um circuito ao longo do mar, o "caminho da trincheira" e uma plataforma em betão de vincada geometria contrapõe-se à organicidade da paisagem e evidencia a irregularidade natural do sítio.
Um conjunto de plataformas e edificado que utilizam a topografia do terreno como suporte e as panorâmicas sobre o mar como potenciais a explorar.
Emilio Tuñón, arquitecto espanhol, refere-se a Paulo David como "um arquitecto que explora na sua obra estratégias que se estruturam a partir da aceitação das limitações do meio e das restrições impostas pela força de um território agreste e uma natureza colonizada, catalizando uma poderosa arquitectura que explora o potencial das restrições fazendo com que cada problema concreto se converta numa oportunidade exemplar".
- SLIDESHOW de Fernando Guerra, a não perder.
- Quem quiser pode também dar uma vista de olhos ao número 47 da revista.
- Biografia do arquitecto Paulo David, no site da oasrn.
- Citações em Jornal da Madeira.pt.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Relação aberta com a paisagem. Casa no Gerês.





A casa no Gerês, projectada pela dupla de arquitectos Graça Correia e Roberto Ragazzi, pretendia ser uma casa de fim de semana para um casal e filho, com suite para visitas, balneário com chuveiros, casa de banho e um armazém de apoio. Um programa que obedecia deste modo às pretensões dos clientes, praticantes de esqui aquático.
O principal desafio neste projecto seria mesmo o lugar, um terreno de acentuado declive situado no Parque Natural da Peneda Gerês, com o rio Cávado a fazer frente. Portanto, estaria condicionada à partida pelo facto de fazer parte de uma área protegida, onde nenhuma florestação deveria ser anulada e também pelo facto de a superfície da casa ser pequena, apenas 60% do terreno poderia ser impermeabilizado e daí se justificar o balanço da casa, permitindo assim um grande ganho na área habitacional, assumindo também um grande respeito pelo sítio.
"A superfície da casa era inevitavelmente pequena, condicionada pela ruína existente. Por este motivo os primeiros croquis da casa aparecem sempre dependendo da ruína...A primeira solução apresentada, apontava para uma delicada construção de madeira e aí surge uma nova condicionante por parte dos clientes - a casa deveria ser construída em betão, "porque os terrenos são muito húmidos, produzem-se derrocadas com as chuvas invernais, pelo que a casa deve ser muito resistente..." Contudo, apesar da utilização de um material mais "pesado", a casa apresenta um aspecto bastante leve e não choca de forma alguma com o ambiente envolvente.
De facto, o que realmente destaca esta casa e a faz distinguir da já típica "caixa minimalista" é sem dúvida o seu enquadramento e a forma como se relaciona com a sua envolvente. O volume que parece poisar de forma discreta e leve num declive acentuado estabelece uma forte relação de reciprocidade com a paisagem, se por um lado confere um grande potencial ao sítio, também a paisagem contribui para o grande potencial da habitação.
A forma como esta se integra no local parece querer unificar-se com a natureza, principalmente através das amplas vidraças que permitem uma fusão entre o interior e o exterior. A própria casa de banho que se abre totalmente para o exterior através da vidraça expõe esta relação máxima com o sítio.
Citação e mais informações em Plataforma Arquitectura.